Mundo do Nerd

Tuesday, October 30, 2012

Crônicas de gelo e fogo/Game of thrones

Lá e de volta outra vez! Mas hoje não vamos falar de Senhor dos Anéis (que para mim depois dessa saga que vamos falar se tornou mais chato e cansativo do que já era...) e sim das Crônicas de Gelo e Fogo e um pouco da série derivada desses livros fantásticos, Game of Thrones.

Há mais ou menos um ano atrás eu começava a ver esse seriado da HBO que estava super falado chamado Game of Thrones. Lembro ainda que comecei ver em um final de semana na casa da minha namorada e ela se interessou, depois meu cunhado e assim logo estavámos todos envolvidos com essa saga.

E logo mais estaria eu acordado durante quase uma noite inteira pois não conseguia parar de ver! E daí foi só um pulo para começar a devorar os vários livros. Mas o que há de tão fascinante e diferente das outras histórias medievais que tem por aí, inclusive o já citado clássico Senhor dos Anéis. Bom, creio que a resposta é a criatividade de um bom velhinho chamado George R.R.Martin, o criador da obra. Não vou entrar em detalhes sobre a vida dele, afinal hoje em dia podemos procurar na wiki, mas sim na maneira de escrever que acho que é o grande segredo do sucesso da saga, além da criatividade de George. Para começar temos as intrigas políticas. Na minha visão o grande personagem do livro é esse trono que você na imagem acima, o Trono de Ferro que vai dar ínicio a uma série de disputas, conspirações e mortes (sim, há muitas na história!) e os Sete Reinos que respondem a um rei que senta-se nele. Cada reino tem suas próprias características que também são um ponto fascinante nessa obra. Por um lado temos os Stark de Winterfell que vivem em um reino gelado,usando cores sóbrias e que levam sua vidinha ali pacata, apenas esperando o longo Inverno que chegaria em breve (que no livro especialmente é usado como metáfora para desgraças,tempos sombrios). Por outro temos Porto Real que seria onde o Trono de Ferro está e onde temos um rei bem relaxado,beberrão,mulherengo chamado Robert Baratheon. Um dia a Mão do Rei, Jon Arryn (que é uma espécie de conselheiro e quem governa na real) é assassinado e Robert temendo por sua vida procura o velho amigo Eddard Stark que é o Rei de Winterfell e daí que a merda está feita. Eddard decide acompanhar seu amigo de volta a Porto Real e se vê envolvido em uma trama de conspirações e intrigas que ele nem sonhava em participar com toda a sua nobreza e senso de justiça. Mas isso pessoal não é nem a ponta do Iceberg.


Com o tempo os outros reinos de Westeros que é o principal continente da história e outros mais e suas respectivas famílias vão aparecendo e a história vai se tornando cada vez maior e maior. Li em uma entrevista de George que as vezes até ele se perde em meio a tantos personagens e fatos e chega até mesmo a consultar alguns de seus grandes fãs do site Westeros.org (link no final) sobre onde estava aquele personagem na última vez que o vimos, ou qual a cor de seus olhos,etc.Mas em nenhum momento, voltando a minha crítica inicial desse post, se torna enfadonho como Senhor dos Anéis, e mantém um ritmo acelerado talvez por George ir alternando os personagens no livro, as vezes apresentando diferentes pontos de vista de um mesmo fato, ou dando grandes saltos de uma ponta do continente para outra, e terminando quase todos capítulos com um Bam! ou seja uma ponta para a próxima etapa a ser trilhada pelo personagem, ou ainda uma reviravolta surpreendente, outro grande destaque em sua maneira de escrever, como uma morte que também é especialidade dele. O autor declarou que não tem o menos remorso de matar nenhum personagem, mas que alguns são mais difíceis de escrever que outros. Em um certo evento chamado Casamento Vermelho no terceiro livro, A Tormenta de Espadas, ele chegou a escrever o livro todo e somente no final voltou para escrever esse capítulo, tamanha reviravolta que acontece e que logicamente não vou estragar a diversão de vocês.

Outro ponto que posso destacar é complexidade e a bela construção dos personagens. Há personalidade, motivações e até mesmo arquétipos físicos, por que não, já que sensualidade também está sempre presente na obra; para todos os gostos e impossível não se deixar cativar por um certo personagem ou vários deles. Outro aspecto interessante é que não existe ninguém realmente bom, nem realmente mau, nem alguém que se dê bem sempre e nunca sofra nenhuma consequência. Claro que há alguns que são maus em suas raízes mas a construção dos personagens é tão fantástica que com o tempo você vai aprendendo sobre as motivações de cada um e acaba reconhecendo que ninguém tem aquela personalidade por acaso.

Enfim, poderia ficar mais horas e horas escrevendo sobre os personagens, quem eu gosto mais, ou discutir minhas teorias para o futuro com vocês, já que ia me esquecendo de mencionar, mas provavelmente serão 7 livros, 5 dos quais já estão escritos e podem ser encontrados em português nas livrarias perto de vocês. Provavelmente, porque George já declarou que o plano original seria esse, mas que eventualmente poderia escrever mais um ou mais sobre esse universo fantástico e provavelmente e esse é meu maior receio, porque o velhinho já está com 64 anos e ouvi até boatos de que ele é meio adoentado. Espero que ele consiga terminar a história para gente. Encerro por aqui, espero deixando vocês ao menos curiosos de ver ao menos o seriado se não gostam muito de ler como eu. Ao menos a primeira temporada que é muito bem adaptada e não deve em nada ao livro, já a segunda. Bem, isso fica para um próximo post. E vocês também podem acessar o site Westeros que já mencionei que tem várias informações.Abraço e até a próxima!